sexta-feira, 29 de julho de 2011

KoRn

O Korn tem suas origens no começo dos anos 90, em Bakersfield, uma pequena cidade árida ao oeste do "Vale da Morte (Death Valley)".

Na adolescência, o baterista David Silveria, o guitarrista Munky e o baixista Fieldy tocam no L.A.P.D.. Logo depois de gravar um disco com um vocalista provisório, a banda acaba. Eles não conseguem ficar separados por muito tempo, voltando como “Creep” já com o guitarrista Head como membro definitivo.

Em 1993, quando Munky e Head estavam de saída de um bar, ouviram a voz de Jonathan Davis, que cantava pela banda SexArt, então ficaram impressionados e decidiram ficar até o final do show. Após o término do show, convidaram Jonathan a entrar na sua banda. Jonathan chegou a titubear.
Diz a lenda que ele consultou uma cartomante antes de aceitar o convite. Ela lhe disse que estaria sendo estúpido se não o aceitasse. A partir desse episódio, Jonathan integrou a banda e o Korn estava formado!

Com a entrada de Jonathan, o som do grupo ganha uma atmosfera mais sombria, misturando elementos de música pesada e um groove de funk americano, com letras que relatam experiências autobiográficas do vocalista, atingindo em cheio a juventude desiludida com as mentiras políticas, violência e a hipocrisia da sociedade contemporânea.

Eles viajam pelos Estados Unidos fazendo mais de 200 apresentações antes de gravar o primeiro álbum, “Korn”, em 1994, lançado pela Immortal. Uma turnê abrindo shows de bandas como Biohazard, Megadeth e Marilyn Manson e o vídeo “Blind” sendo divulgado, fez com que a banda vendesse mais de 1 milhão de cópias em seu disco de estréia.

Além das letras realistas de Jonathan, a banda se destaca pelo uso de guitarras de 7 cordas (ao invés das tradicionais seis), dando uma tonalidade mais grave às melodias. Fieldy também não se contenta com quatro cordas no seu baixo, adicionando mais uma ao instrumento.

Em 1996, o Korn faz história na Internet, sendo a primeira banda a promover um programa de rádio interativo on line. A intenção é lançar o segundo álbum, “Life Is Peachy”. Nessa época eles já contavam com uma legião de 2 milhões de fãs.
Após o lançamento do “Life Is Peachy”, começam as represarias da sociedade. Um estudante do ensino médio é suspenso de sua escola em Michigan nos Estados Unidos, apenas por estar usando a camisa com o logo da banda. Como resposta, o KoRn distribuiu camisas na frente da escola, além de conseguir que o menino fosse readmitido.

Mais uma coisa inusitada acontece quando um menino de 14 anos, com uma doença terminal, pede para encontrar a banda por alguns minutos através de uma fundação. A banda fica chocada, mas atende ao seu pedido e o visitam por dias. Isso, mais tarde, viria a se tornar a música que leva o nome do garoto, “Justin”.
Algum tempo depois, é lançado o terceiro álbum, “Follow The Leader”. Esse estréia na ponta da Billboard com o single “Got The Life”.
O álbum é repleto de participações como Ice Cube e Fred Durst do “Limp Bizkit”. Também em 1998 a banda realiza seu festival de rock, o “Family Values Tour”, e começa com o selo próprio, a Elementree Records, que lança a banda “Orgy”, além de um programa semanal na internet, o Korn T.V.

O KoRn alcança o seu auge de popularidade com o single “Freak On A Leash” que estoura nas rádios do mundo todo e na MTV com o seu vide-clipe que é eleito o Melhor Clipe de Rock de 1999. O cd é considerado um dos melhores cds alternativos dos anos 90 pela conceituada revista “Rolling Stone”. De quebra, a banda é chamada para tocar no tradicional festival Woodstock.

Com tanto sucesso e pressão, a banda acaba ficando desunida. Jonathan Davis, em entrevista, chega a dizer que tudo foi rápido demais e que não estavam preparados para fazer parte dessa “festa”. Eles ficam a ponto de sucumbir.

Com o sucesso também chegam os imitadores. Várias bandas começam a seguir a linha de som do KoRn, colocando assim, a banda em uma posição arriscada. É hora de eles se reinventarem para continuar inovando. “Nós sabíamos que para esse álbum teríamos que fazer algo realmente especial, romper limites,” disse Munky.

Para o lançamento do “Issues”, o quarto álbum do KoRn, eles organizam um grande concurso entre os fãs, o “Korn Contest”, que consiste em escolher uma arte desenhada pelos fãs para preencher a capa do álbum. O vencedor foi o Alfredo Carlos, que diz que “o boneco representa alguém jogado de canto, sem atenção das pessoas”. Outros 3 desenhos também são utilizados em versões extras e limitadas do álbum.

Musicalmente, o “Issues” se torna um dos melhores álbuns do KoRn, fortalecendo ainda mais a posição da banda, com letras fortes e melodias impressionantes, a banda estréia mais uma vez no topo da Billboard com o single “Falling Away From Me”, além de um memorável show no lendário Teatro de Apollo. Issues é um triunfo do KoRn, tanto artístico quanto crítico, o cd tem uma ótima aceitação.

A banda continua fazendo turnês incessantes, chegam até a passar pelo Brasil, em 2 grandes shows em São Paulo.

Após isso, a banda fica por algum tempo fora das estradas, preparando o seu novo álbum, o "Untouchables". Esse vem com novas tecnologias de mixagem, incluindo 24 bits de samplers (o dobro do normal utilizado). KoRn e o produtor Michael Beinhorn, criam um panorama sonoro riquíssimo, pesado e totalmente novo, diferente demais para alguns.

O “Untouchables” foi considerado um dos álbuns mais caros da história, e, para infelicidade da banda, vazou na internet 6 meses antes de seu lançamento oficial, forçando-os a trocar os nomes das músicas, sendo que em algumas delas fizeram poucas modificações. Com tudo isso eles tanto ganham quanto perdem fãs. Muitos torcem o nariz para um cd tão diferente do normal, uma estranha explosão de emoções, não compreendida por muitos. KoRn ali mostra suas faces mais tristes, fazendo músicas como “Hollow Life” e “Hating”.

Embora os singles “Here To Stay” e “Thoughtless” consigam algum sucesso, a banda não consegue uma grande aceitação com esse álbum, tão pouco nos shows, quando as músicas de tão bem produzidas em estúdio, acabam ficando pobres ao vivo.

Um ano após o lançamento do “Untouchables”, o KoRn começa a preparar o seu novo álbum, o que eles mesmo chamam de “volta às raízes”.

“Take A Look In The Mirror” é lançado no fim de 2003. O cd não vem com muitas novidades, mas a banda alcança o seu objetivo proposto, gravando músicas como “Break Some Off” e “Alive”. Lançam também um protesto contra o monopólio das gravadoras, chamado “Y´All Want A Single”. O clipe dessa música causa polêmica ao mostrar dados estarrecedores sobre o monopólio nos Estados Unidos, onde nele, a banda e seus fãs destroem uma loja de cds.

Em 2004 a banda lança o seu “Greatest Hits”, que conta com 16 músicas selecionadas entre os 6 álbuns da banda, além de dois covers e uma versão remix. Esse é um “adeus” ao contrato que a banda tinha com a Epic/Sony.

O single do primeiro cover do “Greatest Hits”, “Word Up”, rende um clipe divertido com as faces dos membros da banda em cachorros. O vídeo-clipe além de não agradar muitos os fãs da banda, não agrada nenhum pouco à Head, que sai logo após o seu lançamento. Curiosamente, ele cita o clipe como um dos motivos, já que ele não gostou de aparecer como um cachorrinho no vídeo. Obviamente, esse não foi o motivo principal. Ele cita como motivo principal a sua conversão ao cristianismo, em que alega que as letras do KoRn são muito negativas e acha melhor para a sua vida ficar longe da banda.

KoRn continua mesmo sem o Head e em Abril de 2005 começam as gravações para o novo álbum, o seu sétimo de inéditas. A banda, em sua atual turnê européia, já toca músicas do novo cd, como: “Liar”, “Coming Undone”, “Hypocrites” e o primeiro single, “Twisted Transitor”.

Em Setembro de 2005, KoRn anuncia um grande acordo com a gravadora EMI/Virgin, que gerencia a carreira da banda, com contrato para dois álbuns. Jonathan considera o acordo como uma grande parceria, já que eles ditam algumas particularidades.

Em Dezembro do mesmo ano eles lançam oficialmente o “See You On The Other Side”. O primeiro trabalho da banda em quarteto que agrega novos elementos à música do KoRn. Pela primeira vez ouvimos violino em uma de suas músicas e agora, elementos eletrônicos estão mais presentes do que nunca. 

Para a turnê do “See You On The Other Side” o KoRn contrata uma banda de apoio, o que inclui 4 novos integrantes. Um tecladista, um percussionista, um back-vocalista e um segundo guitarrista para manter o som da banda mais original. Durante a turnê eles passam por um grande susto. Jonathan Davis adquire uma doença rara no sangue e se interna num hospital em Londres, onde a banda, com o desejo do vocalista, realiza o show no Download Festival com vocalistas convidados para atuar em seu lugar, como: Corey Taylor do “Stone Sour / Slipknot”, Dez Fafara do “DevilDriver”, Mattew Kiichi do “Trivium”, Benji do “Skindread” e M. Shadows do “Avenged Sevenfold”.
Em um exame de sangue, foi detectado que Jonathan sofria da “Púrpura Trombocitopênica Auto-imune e Idiopática” - (PTI). Uma desordem do sangue que mantinha as plaquetas em baixíssimos índices. O vocalista foi hospitalizado e corria risco de vida se permanecesse por mais alguns shows sem se tratar.

Temeu-se pela continuidade da banda, acima de tudo temeu-se pela vida de Jonathan Davis. Felizmente Jonathan escapa da morte, e pra nossa alegria, ele continua atuando e compondo músicas com a banda.
Com a recuperação de Jonathan, a banda volta para o estúdio e começa a compor mais um novo trabalho.

No início de 2007 a banda, pela primeira vez, lança um álbum acústico, que conta com participações ilustres e mais uma vez divide os fãs. O álbum não recebe boas críticas da imprensa, mas a música “Freak On A Leash” com Amy Lee tem uma boa repercussão e radiodifusão.

O KoRn anuncia o lançamento de seu oitavo álbum de inéditas para o dia 31 de Julho de 2007. Intitulado (ou Não Titulado) como “Untitled” (Sem Título). O álbum promete ser o mais atmosférico e experimental segundo palavras da própria banda.

Para o “Untitled”, KoRn conta com a ajuda do lendário baterista Terry Bozzio, que assumiu as gravações após o anúncio das férias temporárias de David Silveria, que alegou cansaço e necessidade de cuidar mais ativamente de sua família e de seus restaurantes. Além de Bozzio, Brooks Wackerman do “Bad Religion” e o próprio Jonathan Davis também colocaram seus temperos na bateria desse álbum. Eles contam agora também com um tecladista, Zac Baird, que também foi convidado para gravar e compor com o KoRn nesse disco.

Nesse novo lançamento Jonathan conta em letras sua experiência de quase-morte causada pela doença que o acometeu, além de tratar assuntos como a evolução (ou a falta dela) da humanidade e alguns desabafos perante sua situação conflitiva com o ex-membro Brian “Head” Welch. Untitled rende ao Korn um disco de ouro e tem boas vendas em sua semana de lançamento.

Ainda em 2007 Jonathan Davis faz sua primeira turnê solo. Além da turnê ele lança um álbum ao vivo, que conta com músicas tradicionais da banda, músicas raras e algumas covers.

Em 2008 a banda volta a América Latina para uma turnê junto com Ozzy Osbourne. Os shows lotam estádios e tem uma boa repercussão e aceitação do público.

Após os shows na América Latina, a banda dá uma pausa para descanso. Jonathan Davis diz que precisam de um tempo, mas que voltarão a se reunir quando estiverem prontos.

No momento os integrantes do KoRn trabalham em projetos paralelos.

Jonathan Davis planeja lançar seu álbum com os "The Simply Fucking Amazings", que é como ele chama sua banda solo. Fieldy está envolvido no projeto "Stilwell" com o rapper Q-Unique. Munky está trabalhando em um projeto chamado "Fear and the Nervous System", que conta com a participação do próprio Zac Baird do Korn e outros músicos.

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